sexta-feira, 27 de março de 2009

Anima SOnhO: 25 anOs de TeatrO de bOnecOs


Fundado em março de 84, o Grupo Anima Sonho surgiu depois que o dramaturgo, compositor, ator, cenógrafo, mestre bonequeiro, manipulador, artista plástico e músico Tarajú Carlos Gomes convenceu o irmão gêmeo Ubitarã a fazer teatro de bonecos.
Hoje o Anima Sonho apresenta a remontagem de bocerônicas com nova formação, após a morte prematura de Tiarajú aos 51 anos.

Juntos chegamos até a Lua.
Nestes 25 anos, Anima Sonho esteve em todos os estados do Brasil, além de países como Uruguai, Argentina, Venezuela, Portugal, e até Japão.

As fotos que você vê agora são da coleção do grupo, obras pintadas pelo talentoso Tiarajú, e que estão expostas na Cia de Arte, junto com bonecos que fazem parte da história do grupo.
Rua Prof. Carvalho de Freitas, 200/805 Teresópolis - Porto Alere/RS 51 3232 1916 animasonho@yahoo.com.br

terça-feira, 24 de março de 2009

IV OFicina de ConstrUçãO dO brinqUedO CaLeidOscÓpiO


Este um dos caleidoscópios produzidos durante a recente oficina ocorrida em 7 de março. Ele é feito de tubo de detergente e forma mandalas animadas, verdadeira tela de cinema onde as figuras se formam com o movimento das peças no óleo. ShOw!


Eu, dando passagem para a personagem Caleidoscópica, eu e a aluna Sílvia, que é psicóloga e coordena o projeto Equoterapia, que funciona na Hípica. cavaloamigo@yahoo.com.br

Mandalas são figuras primordiais.Nos desenhos rupestres encontrados pelos arqueólogos, a figura da mandala já estava presente. Faz parte da nossa vida desde o início...o círculo com o ponto no centro.


Miçangas, sinaleira de carro quebrada, canudinho de refrigerante...pedaços de tubos de xampu, tampinhas...uma infinidade de materiais que iriam para o lixo..agora são lindos brinquedos...LixO é uma cOisa nO Lugar errradO mesmo, não?

domingo, 22 de março de 2009

pOntO de visTa


Gata Trufa Preta. Apesar de ser filha de um gato salvo de morrer no lixo junto com os irmãos, ela possui casa, boa comida e cama confortável, vacinas e tratamento de saúde. Não ganha salário para se sustentar, mas tem uma dona que a alimenta em troca de companhia, fidelidade e gracinhas.

Do cão acima nada se sabe, apenas que uma noite dessas rondava um bar da Av. Getúlio Vargas em busca de comida. Não tinha dono, nem salário, mas sobrava simpatia e charme: uma orelha em pé e a outra caída, profundos olhos verdes . Foi alimentado até recusar pão com manteiga e optar apenas pelas mortadelas dos sanduíches.

Rua Dona Amélia, no bairro Santa Teresa, em Porto Alegre. A visão que eu, que não tenho dono, nem faço gracinhas, mas trabalho e recebo um salário para pagar um apartamento nesta rua, tenho todas as manhãs quando saio de casa.

As duas imagens acima parecem iguais, mas há um erro em uma delas. A foto de realidade bucólica foi editada e a verdadeira mesmo é essa aí de cima, que aparece sem cortes, como é a vida ao vivo sem edições jornalísticas. Todos os dias o menino está lá, deitado na cama de papelão. Igual ao cão, ele mais tarde levanta e vai bater o ponto no xis da esquina das Ruas Otávio Dutra e Beira-Rio. E como ele não tem dono nem emprego ou salário, não faz nenhuma gracinha, não é simpático ou charmoso, não senta não abana o rabo nem demonstra amor incondicional, viramos o rosto, negamos educadamente e fingimos que não é conosco. Portanto o erro não está na segunda imagem, mas na primeira, pois fingir que ele é invisível não acaba com o fato. Ele continua lá. Segundo a Fasc, a população de adultos na rua em Porto Alegre (ninguém é DE rua) soma hoje mais de três mil. Em São Paulo, onde tudo é mega inclusive a miserabilidade, são dezenas de milhares. A dos cães eu não sei. Um holocausto invisível, diante do qual poucos se levantam para repudiar. Mas cuja imagem teima em nos desafiar a orgulhosa civilidade.