MODELOS CONSTRUÍDOS ESPECIALMENTE PARA A MOSTRA NAS VERSÕES MECÂNICO E ÓLEO, COM REAPROVEITAMENTO DE TUBOS DE PAPELÃO E TAMPAS DE GARRAFA DE LEITE, ALÉM DE ESPELHOS.
RUA NOVA IORQUE, 72
O bLOg triP caLeidOscÓpiCa fOi criado para divulgar o brinquedo e também a visão caleidoscópica da vida no Brasil. É também um canal de ligação entre o CaLeidOscÓpiO e o jOrnaLismO ambiental. Por ele podem circular informações úteis aos criadores desta arte, os admiradores, colecionadores e também os que desejam aprender as belezas contidas nas mandalas e os significados ocultos - tudo com o pano de fundo da informação na área social e ecológica.
Com um trabalho cheio de emoção, sensibilidade e memórias ela utiliza-se de materiais como o tule, fotos, tecido, fios, linhas e bastidores, para retratar, dar forma a momento de uma família, de uma pessoa em especial. O preto e branco, dão um significado de negativo... o negativo da vida, emoções passadas a limpo, memórias....
Rosane define assim seu trabalho:
“ Cicatrizes psicológicas são muito fortes. Dor, saudade, perda, alegria, amor, prazer...
Muito tempo, pesquisas... cheguei na pele, que envolve tanto o psicológico como o orgânico.
A pele marca nascimento, vida e morte, com cicatrizes visíveis e invisíveis.
Minha imagem mostra minhas marcas.
A agulha e a linha costuram a roupa e costuram a pele que representam a dor, a cura e a proteção. Linha que tecemos nossa própria história!
O redondo dos bastidores que minha mãe usava....
A brincadeira de roda, o carrossel, a roda gigante... brincadeiras da minha vida.
A flor... a flor da pele... o cotidiano fazendo um relação da flor com a pele que mostra as marcas do tempo.
Pela textura leve e transparente do tule, com a forma de células. Lembrando véus, mosqueteiros, proteção como a pele.”
A visão caleidoscópica da Vida
Eu sempre amei caleidoscópios e tenho alguns deles. Toda vez que me deparo com um momento de pouca ou nenhuma criatividade, pego um caleidoscópio e brinco com ele. Começo a girá-lo para um lado e para o outro. Observo a metamorfose das imagens. Com cada giro, eu crio algo novo com o que já estava lá. É uma grande ferramenta para ensinar a pensar criativamente.
Na vida, as coisas nem sempre são o que parecem ser, e se olharmos de diferentes ângulos, poderemos enxergar algo novo. Nós podemos também tomar pedaços e partes de várias coisas e juntá-las para construir algo original. Se pensarmos na vida como um caleidoscópio, poderemos ver a possibilidade das mudanças ao nosso redor. Na próxima vez em que você estiver emperrado em alguma coisa e não puder ver a solução, ou sentir falta de criatividade, imagine que você está olhando para um grande caleidoscópio. Comece a girar as idéias, olhando para o problema de diferentes ângulos. Traga novos conceitos e veja como eles se combinam. Continue girando as imagens mentais até encontrar um padrão de que goste e então trabalhe com ele. O pensamento caleidoscópico tem a ver com olhar para as coisas de diferentes perspectivas, juntando o velho com o novo, disposto a mudar tudo se a possibilidade se apresenta.
Com o pensamento caleidoscópico, podemos nos desvencilhar de como as coisas deveriam ser, para expandir-nos em novas realidades. Mas é importante que nesse processo você não busque uma imagem pré-definida como resultado. Abandonar o controle é o exercício.
Você pode, em sua vida, assim como girar um caleidoscópio, estar preparado para ver e aceitar qualquer nova imagem que surja, a partir das novas combinações dos elementos que já estavam lá. Esse é o princípio do pensamento caleidoscópico. Para exercitá-lo, é necessário que você se desprenda, libere os atuais conceitos cristalizados, as convicções, para encontrar uma nova resposta.
Um caleidoscópio é um instrumento místico que organiza fragmentos dispersos em uma unidade harmoniosa.
Myriam, com tristeza, aperta em suas mãos objetos aparentemente sem valor – esta é uma cena do filme "Bee Season"- Palavras de Amor, título em Português. Neste filme, os caleidoscópios representam um papel importante.
Os fragmentos nas mãos de Myriam correspondem aos objetos no caleidoscópio, os símbolos de memórias e reminiscências das experiências diárias. Algumas são agitadas, outras contém pesares, dores, ou esperanças, alegrias e bênçãos. Os fragmentos de memória parecem dispersos na desordem, causando caos.
Fazer um caleidoscópio é criar uma infinidade de imagens que refletem cada uma das experiências do criador. Por trás do processo, existe o desejo de transformar a confusão em ordem, para saber o significado de cada experiência da vida.
Richard Gere atua como Saul, marido de Myriam e pai das duas crianças do filme. Ele é um professor conhecido por seu fascínio a respeito do Budismo Tibetano. As mandalas do Tibet são feitas de areia, e não lhes é permitido continuar intactas. Apesar do trabalho dedicado à sua construção, e do deleite de encontrar significados nelas, são destruídas a cada ritual, no fim do qual sempre é ordenado o processo de destruição. Mesmo que as mandalas não apareçam no filme, eu sinto a analogia entre elas e as imagens nos caleidoscópios, nas quais ambas são repetidamente formadas e destruídas. Esta é a cena na qual Myriam dá a sua filha um caleidoscópio sem nenhum objeto dentro – apenas o triângulo de espelhos. Ele pode significar o retorno ao caos. Por outro lado, Myriam possui um lugar secreto onde pendurou pedaços de objetos, que ela pensa serem seus complementos. Lá ela tenta restaurar o UNO perfeito, uma ordem esquecida. Quando Myriam se vê diante de uma criança sagrada, a sua filha, instintivamente lhe dá um caleidoscópio. Este ato pode ser originado do mais caro desejo, que todos os seres humanos têm em comum, de aprender o significado da experiência mostrada por Deus. Esta cena também sugere que a harmonia pode retornar depois do caos. Quando existe luz abundante, todas as partes do caleidoscópio são iluminadas. Luz é um símbolo de Deus, o criador do universo. Sem luz (sem Deus), você não pode ver nada no caleidoscópio. Ao mesmo tempo, muita luz –se você busca Deus demasiadamente – poderá ofuscar as imagens até que desapareçam na distância. Que fundamental e primordial princípio está operando aqui! Da confusão, para a harmonia; do caos para os caleidoscópios. Um caleidoscópio é um instrumento místico que limpa a confusão e cria harmonia. A vida diária pode ser frustrante e sua alma pode ficar abatida e desencorajada. Mas olhe atentamente dentro de um caleidoscópio e veja os objetos mostrando diferentes tonalidades e padrões todos os dias, e sua confusão vai desaparecer no silêncio, na luz, na beleza. Virá o tempo em que você vai enxergar a completa harmonia entre as cores e formas geométricas de um caleidoscópio – a harmonia do universo. Neste momento mágico, você vai compreender que as coisas que causam os distúrbios são apenas partículas no vasto, calmo e pacífico universo. Não é surpresa que muitos hospitais e casas de saúde estejam começando a usar caleidoscópios como parte do tratamento médico.
* Michi Araki – proprietário da Mukashi-Kan, loja especializada em caleidoscópios, EEUU.
Traduzido por Elen de Oliveira com auxílio do Yázigi Dictionary.
CasteLinhO do ALTO da BrOnze é reaberto por sete artistas
Nos anos 40, um rumoroso caso de amor movimenta a capital gaúcha. Uma bela jovem e um homem casado se tornam amantes. Carlos Eurico Gomes , aficcionado por castelos, decide construir um, de arquitetura medieval e janelas em estilo gótico para aprisionar sua amada, Nilza Linck, no Alto da Bronze. Mais precisamente no cruzamento das ruas Vasco Alves e Fernando Machado.
Um escândalo para a época, ainda mais que Eurico era político do PSD e casado com Ruth Caldas, irmã do diretor do jornal Correio do Povo.
O casal morou no castelinho durante 4 anos, ao fim dos quais Nilza teria fugido. O tema virou livro em 93. O romance histórico A prisioneira do Castelinho do Alto da Bronze foi escrito pelo professor universitário, ensaísta, doutor em Sociologia pela Sorbonne, Juremir Machado da Silva.
Depois da década de 50, o local já foi boate, clube de escritores e palco para peças de teatro. Após três anos fechado, o Castelinho reabre agora como espaço de cultura e arte, pela associação de sete artistas: Alejandro Ruiz Velasco, Adriana Xaplin, Elen de Oliveira, Lena Kurtz, Lisete Bertotto, Manoel Henrique Paulo e Sandra Santos.
O Castelinho do Alto da Bronze Cultural adota como linha o desenvolvimento da cultura e da arte, dos saberes tradicionais, do respeito à diversidade, À ecologia e à integração ao Centro Histórico de Porto Alegre.
O local foi preparado para abrigar os ateliers dos sete artistas, que vão oferecer oficinas e eventos artísticos abertos à comunidade.
SAIBA O QUE VAI SER OFERECIDO
OFICINAS
Pintura, escultura, caleidoscópios, toy art, papel machê, literatura, contação de histórias, fotografia, teatro, quadrinhos, e roda de poesia.
TURISMO
Os integrantes do grupo criaram a AMACASTELO, Associação de Amigos e Artistas do Castelinho do Alto da Bronze CulturaL, que possui entre os objetivos incentivar o turismo, honrando a vocação natural do castelo, com visitas públicas guiadas e outros produtos turísticos. O Castelinho do Alto da Bronze figura na lista de Castelos do mundo.
QUANDO
A inauguração acontece sábado, 27 de junho, a partir das 16h. Recepção circense com o grupo Cia Mundo paralelo, Show com Os PoeTs & convidados abduzidos, Marisa Rotemberg, caleidoscópio gigante, exposições de arte, rifa de uma obra de cada artista residente & seus convidados, a R$5,00 cada número, sorteio às 22h.
Rua Gen. Vasco Alves 432 Esquina Fernando Machado.
CONFIRMAÇÃO DE PRESENÇA: castelinhocultural@yahoo.com
Centro Histórico
Porto Alegre