Magistério, litoral do RS. PáscOa 2009. Visitantes aproveitam os ÓtimOs dias de sOL para o contato com a natureza. Areia, ondas, saL, brisa, alegria...
sacolas plásticas,...garrafas..potes de margarina, escovas de dente, tubos de xampu, chinelos de dedo, embalagens, restos de despachos, isopor.
Todos muito felizes e satisfeitos, convivendo em harmonia...com o lixo.
O que você vê aqui é uma microamostra do lixo descartado irresponsavelmente no mundo hoje. São produzidos por ano cerca de 100 milhões de toneladas de plástico e cerca de 10% deste total acabam nos oceanos, sendo que 80% desta fração vem de terra firme. O lixo que deixamos na beira do mar vai parar aqui:
No estômago de alguma ave marinha. Ou também..
No focinho de uma foca. Ou ainda no corpo de uma tartaruga, como esta:
No oceano pacífico há uma enorme camada flutuante de plástico, que já é considerada a maior concentração de lixo do mundo, com cerca de 1000 km de extensão, vai da costa da Califórnia, atravessa o Havaí e chega a meio caminho do Japão e atinge uma profundidade de mais ou menos 10 metros. Acredita-se que haja neste vórtex de lixo cerca de 100 milhões de toneladas de plásticos de todos os tipos.
Segundo seus descobridores, a mancha de lixo, ou sopa plástica tem quase duas vezes o tamanho dos Estados Unidos. O oceanógrafo Curtis Ebbesmeyer, que pesquisa esta mancha há 15 anos compara este vórtex a uma entidade viva, um grande animal se movimentando livremente pelo pacifico. E quando passa perto do continente, as praias ficam cobertas de lixo plástico.
Me perguntei o que faz com que pessoas que "amam" o mar e tudo o que envolve o convívio com o litoral...suportem essa convivência absurda e cega com o lixo. Não vemos porque não queremos. Apenas uma resposta me ocorre. Alienação. De nós mesmos e, por consequência, do outro e da natureza. Vamos aceitar o fracasso da civilização, e afogar no próprio lixo?
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